Paralisação histórica do funcionalismo

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A praça Pinheiro Machado e as ruas do município foram palco de uma manifestação histórica dos servidores públicos municipais. Na busca da manutenção do poder de compra dos salários e de avançar nas negociações os lideres sindicais organizaram uma paralisação que reuniu mais de 850 pessoas na praça na quinta-feira. No dia posterior, além da concentração na praça foi realizada uma passeata com cerca de mil pessoas pelas ruas centrais do município. A Presidente do Sindicato dos Professores de Santo Ângelo, Rosane Stocker, se surpreendeu com a adesão dos servidores, professores e aposentados.

 

O funcionalismo reivindica 13% de reajuste salarial, a administração ofereceu 5%. Diante do impasse ocorreu a mobilização e o movimento pretende, no mínimo manter o poder de compra dos salários alcançando o percentual de 8,17% de reajuste. O prefeito ficou de receber os representantes sindicais na segunda-feira dia 1º para dialogar sobre o tema. Apos o encontro os sindicalistas devem marcar uma nova assembleia para definir os rumos do movimento.

 

Saiba como foi a concentração dos servidores públicos

Aos poucos, professores, funcionários e aposentados foram chegando na praça, traziam cadeiras, colavam cartazes, sopravam apitos e assinavam as listas de presença. O movimento como um todo ganhava voz com o auxílio de um carro de som e com a aglomeração em frente aos símbolos que identificam o município: a Cruz de Lorena e a Catedral Angelopolitana.

A última adesão do tipo, acorreu no ano de 1991, também em uma gestão de Luiz Valdir Andres. A expectativa da liderança do movimento é que o diálogo seja reaberto, depois que o percentual de 5% oferecido pelo executivo foi rejeitado em assembleia e a Câmera de Vereadores do Município manifestou apoio aos servidores.

O movimento alega que a atual administração se mostra intransigente nas negociações e tem um retrospecto de desvalorização dos funcionários e aposentados, o argumento é justificado com a declaração de que houve o corte do bônus alimentação dos inativos e não foi compensado com outro mecanismo de pagamento, além disso, a secretária do sindicato dos servidores públicos, Marisa Carvalho, afirmou que houve cortes de horas extras de vigilantes e motoristas, para a demanda do serviço foram contratadas empresas terceirizadas, “a terceirização não se justifica, pois a prefeitura acaba gastando mais com estas empresas” disse Marisa. Segundo as líderes do movimento estes e outros fatores acabaram influenciaram na decisão de paralisação e a iminência de uma possível greve.

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