A política de descontos e as opiniões divergentes sobre as vendas de Natal

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Avaliação dos resultados das vendas após o novo horário adotado para o comercio natalino em Santo  Ângelo não é conclusiva, a maioria dos lojistas não tem parâmetros suficientes para avaliação segura. Divergem nas opiniões, mas são unânimes em iniciar 2015 com ofertas e liquidações para manter as vendas aquecidas.
Sem parâmetros na história do município o horário de atendimento do comércio no período natalino, mesmo depois da análise das vendas, divide as opiniões. O consumidor tentou se adaptar a nova regra de compra, e, de um modo geral, as vendas foram mantidas.
Houve relatos de acréscimos nominais de 7 a 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, no entanto, se descontado o IPC Brasil, que fechou em 6,55 teríamos um crescimento que não ultrapassaria na média os 3,5%, sendo que, lojas que vendem eletro-eletrônicos não registraram crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com desempenho positivo nas vendas no comparativo com 2013, algumas redes que estabeleceram parâmetros baseados em perspectivas de negócio e estatísticas de venda por horário, diagnosticaram perda de negócios na casa de 14%. “O horário impacta significativamente nas vendas e para 2015 deveria ser adotado o horário até às 22h”. A opinião é de Luiz Rogério de Assis, gerente de uma loja eletro e móveis em Santo  Ângelo.
A opinião é compartilhada por outros gerentes, no entanto, não é unanimidade, pois os consumidores dos diversos setores se comportam de modos diferentes. Neste contexto, de oferta e procura os empresários do setor de vestuário relataram que o consumidor procurou se adaptar ao novo horário, as vendas foram mantidas e entre os entrevistados pelo Mensageiro houve relatos de acréscimo, e, em menor quantidade, perdas nas vendas em comparação com o ano anterior.
Conforme nota divulgada pelo Sindilojas Missões o comércio local acompanhou a média nacional, ou seja, se manteve no mesmo patamar de 2013. Embora a entidade não apresente os dados de uma pesquisa, afirma que na região de abrangência do Sindilojas Missões, “algumas lojas contabilizaram grandes índices em vendas. Enquanto outras fecharam suas portas antes mesmo do horário permitido, em função da ausência de clientes. Lojas de artigos até R$ 50,00 viraram fenômeno em vendas”.
No entendimento da presidência do Sindilojas não é o horário que determina a venda e sim o posicionamento no mercado. Gilberto Aiolfi segue com o mesmo discurso adotado para justificar as medidas tomadas em conjunto com o sindicato dos comerciários .“Há registro sim de empresas que se superaram e venderam muito além da expectativa. Porém são empresas que se prepararam para receber o cliente, e usaram da criatividade”, destacou o presidente da representação patronal nas Missões.
Quanto aos ônus e bônus de um, ou outro horário de atendimento, ainda não foi divulgada nenhuma pesquisa oficial na cidade, até o momento não existem parâmetros que possibilitem emitir uma opinião definitiva ou segura para os diversos setores do comércio. São muitas as variáveis que envolvem o tema, entre elas é possível citar os custos com funcionários, a expectativa de cada comerciante, o impacto do e-commerce nas vendas locais e o comportamento do consumidor diante de todos estes fatores.
Mas, sobre tudo, os empresários de um modo geral, tem dados mais concretos para iniciarem uma nova negociação, e, em 2015, será possível tomar uma decisão mais segura em relação ao horário de atendimento no Natal de 2015.
Por hora, a maioria das lojistas acreditam no aquecimento das vendas adotando a política de descontos e liquidações no início de 2015. Telma Corin, gerente de uma tradicional loja de vestuário e acessórios em Santo Ângelo, afirma que aposta na política de descontos e no atendimento aos sábados a tarde, sempre tem a resposta dos clientes e no último sábado já teve um termômetro positivo para iniciar 2015.
Na maioria dos setores a política de descontos e liquidações foi antecipada para janeiro e já estão atraindo os clientes para dentro das lojas. O comércio varejista não trabalha, ao menos no mês de janeiro, com a possibilidade de uma desaceleração economia, percebem o movimento de queda nas vendas em fevereiro, no entanto, compreendem que este período diferenciado e a política de descontos é sempre uma boa saída, tanto para o consumidor, quanto para o lojista.

 

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