Dois fatores principais provocam questionamentos relacionados ao hábito dos santo-angelenses de se locomoverem pela zona urbana: A ciclovia que começa a se projetar no visual da cidade, e, no Senado Federal, foi aprovada a Lei nº 9.503/1997, que altera o Código de Trânsito Brasileiro e proíbe a comercialização de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 2030, bem como, restringe a locomoção usando estes veículos a partir de 2040.
Além destas duas questões atuais, ainda existem outros fatores que incentivam a mudança de hábito cotidiano, como a alta do preço da gasolina, a situação do asfalto das ruas, o custo da manutenção das vias públicas, a poluição, o tempo dos semáforos, que não auxiliam na fluidez do trânsito e provocam engarrafamentos sem necessidade, entre outros.
Mesmo assim, o hábito de locomover-se em Santo Ângelo ainda é predominantemente feito por meio dos automóveis, o que comprova este fato são números como a frota veicular do município que já ultrapassa 50 mil veículos. Segundo dados divulgados pelo IBGE, no ano de 2019, eram exatos 51.192 veículos (somamos automóveis, motocicletas, caminhonetes, caminhões, utilitários, tratores, ônibus, etc.).
O número de pessoas que usam o transporte coletivo urbano em Santo Ângelo também está diminuindo, decresceu em 30%, quando comparado ao ano de 2015, a conclusão é de uma pesquisa do TCE/RS divulgada em dezembro.
O trecho da ciclovia que está em processo de finalização é composto por, pouco mais de cinco quilômetros, computando as duas vias, ainda é curta se comparada a necessidade da população.
O uso recreativo e esportivo das bicicletas cresceu no município, mas a utilização das “magrelas” para deslocamento diário ao trabalho, local de estudo ou compras, ainda é pouco observado.
A extinção dos veículos movidos a combustíveis fosseis pode ser o incentivo que faltava para a criação de mais ciclovias, espaços que proporcionam mais segurança para moradores dispostos a mudarem de hábito ao usarem as bicicletas elétricas ou convencionais.