Agronegócio a todo vapor

Comea anunciou a produtividade das culturas de inverno em Santo Ângelo. Depois da colheita do trigo, canola, aveia e linhaça, imediatamente iniciou-se o plantio da soja. Estima-se que...

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Pivôs estão ligados nesta semana para garantir o máximo de produtividade do milho safra
Pivôs estão ligados nesta semana para garantir o máximo de produtividade do milho safra

Produtores rurais de Santo Ângelo já finalizaram a colheita do trigo em 11 mil hectares e obtiveram produtividade média de 55 sacas por hectare. Imediatamente foi iniciado o plantio da soja que deve ser cultivado em uma área de 38,5 mil hectares no município. Sendo que 80% dela, já está com a semente na terra, ou em fase inicial de germinação. Se houverem condições climáticas favoráveis, em torno de duas semanas será o suficiente para concluir o plantio.
Os dados foram fornecidos pela Emater e concluídos após a reunião de avaliação periódica realizada pela COMEA – Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias realizada na última terça-feira, dia 22. O relatório da equipe deve apontar aspectos positivos e negativos em relação ao cultivo do trigo. O grão colhido foi considerado de boa qualidade, a produtividade média em Santo Ângelo, 10% acima da estimativa, no entanto a dificuldade de comercialização e a falta de garantia de preço mínimo, foram as principais queixas relatadas pelos produtores de trigo.

A COMEA é composta por representantes do IBGE, Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Secretaria Municipal da Agricultura, Cotrisa, Camera, Banco do Brasil (BB) e Associação dos Produtores de Sementes do Sul (Apassul). Além de fechar os dados da colheita de trigo na reunião também foram apurados os resultados das demais cultura de inverno em Santo Ângelo.
• Aveia branca foi cultivada em dois mil hectares em Santo Ângelo. A produtividade média foi de 3000 mil quilos por hectare.
• Aveia preta foi cultivada em três mil hectares e a produtividade média obtida foi de 1200 quilos por hectare
• A canola foi plantada em 250 hectares e na média os produtores obtiveram 1200 quilos por hectares.
• Linho foi plantado em 500 há e a produtividade média de 900 quilos por hectares.

Na propriedade de Rafael Moreno, além de irrigar a área de milho safra, nesta semana foi realizada a pulverização aérea com fungicida
Na propriedade de Rafael Moreno, além de irrigar a área de milho safra,
nesta semana foi realizada a pulverização aérea com fungicida

Soja e milho irrigado em Santo Ângelo

Estima-se que no município tenhamos 2,3 mil hectares de culturas irrigadas, sendo que mil hectares deste total são destinados à soja e 1300 ao cultivo de milho. O milho safra está em fase de floração e para garantir a máxima produtividade os sistemas de irrigação também estão em pleno funcionamento nesta semana. Pois a falta de unidade nesta fase pode comprometer a produtividade.
Áreas irrigadas e destinadas a produção em larga escala em Santo Ângelo, em geral utilizam sistemas de irrigação com pivô central. Nestes locais os produtores intercalam o cultivo de soja e milho, eventualmente, feijão conforme a opção comercial do produtor. Os pivôs giram em torno de um eixo que funciona, na maioria dos casos, de modo automatizado e previamente regulado para dispensar a quantidade de água necessária para cada tipo de cultura. Vistas do alto estas áreas formam circunferências exatas que se destacam na paisagem aérea ou via satélite.
Os produtores que dispõe desta tecnologia investem na agricultura de precisão. Agregam valor ao cultivo na expectativa de obter o máximo de produtividade com o mínimo de risco climático. “A nossa pior inimiga é o seca” palavras do engenheiro agrônomo e produtor agrícola, Rafael Moreno, ele possui sete pivôs instalados em uma área de 300 há, sendo que 70% de sua produção é irrigada. Moreno intercala soja safrinha e milho safra. Com as técnicas que aplica no manejo das culturas agrega mais valor a área cultivada, por meio da agricultura de precisão, obtém o máximo de produção com regularidade e seguridade.
Rafael Moreno implantou os sistemas de irrigação no ano de 2004, ele conta que no ano de 2012, começou a perceber que a irrigação estava em processo de expansão, devido a constantes frustrações impostas pelo clima, bem como pela política de incentivo governamental à prática de irrigação. Hoje já é comum encontrar áreas irrigadas na região, disse Rafael.
Em lavoura sequeira (não irrigada) é possível obter (com boas práticas agrícolas) produtividade entre 120 a 150 sc/ha com custo próximo das 60 sc/ha. Nas lavouras irrigadas a média de produtividade está entre 200 e 250 sc/ha. O custo irrigado seria em torno de 110 a 120 sc/ha. As informações foram repassadas por Rafael Moreno que tem 12 anos de experiência na agricultura de precisão e pratica a irrigação em 70% de sua área.

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