Sábado 03/03/2012

Hüxley Admirável Mundo Novo é uma obra escrita por Aldous Huxley e publicada em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas...

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Hüxley

Admirável Mundo Novo é uma obra escrita por Aldous Huxley e publicada em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a existirem em consonância com as leis e normas sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. A sociedade desse “futuro” inventado por Huxley não possui a ética religiosa e apegos morais que regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e incerteza dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem efeitos colaterais chamada “soma”. As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe.

Admirável Mundo Novo é um clássico sobre o controle, o futuro e a liberdade. Se feitos alguns ajustes temporais necessários pode servir como crítica ao modo coletivo de vida atual. A sociedade utópica proposta por Aldous Huxley, não parece tão distante assim.

A fuga da realidade através dos prazeres e do consumismo irracional funciona como o Soma.

O processo de alienação do indivíduo é latente quando nos deixamos imbecilizar pela televisão, cinema, músicas ou revistas. Somos condicionados a alcançar prazeres imediatos. Crianças e adultos que fogem dos problemas lêem revistas e assistem programas que nos dizem o que vestir, o que comprar e como agir. A manipulação do espírito é como uma prisão sem paredes, entretanto, é pior do que a prisão física, pois a última é uma situação em que aquele que a sofre conhece bem a condição. E no caso de ser inocente pode pedir um habeas corpus, caso esteja numa sociedade amparada pelos direitos básicos do ser humano. Já aquele que sofre a prisão do espírito, nada percebe e se acha livre. Pensa agir do modo como age por livre escolha e não admite de forma alguma que seu comportamento é condicionado. A esse respeito, nada se pode fazer, pois “jamais haverá tal coisa como o habeas mentem”.

Mas é uma obra muito difícil de ler e muito perigosa se cair em um momento errado para a leitura de pessoas erradas, induzidas por professores errados aos acadêmicos despreparados.

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