Sábado – 23/10/2010

Errado é fazer a contração da preposição “de” com o artigo o: do. Assim, errado é dizer e escrever “é hora do governo agir” e “é tempo do...

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Errado é fazer a contração da preposição “de” com o artigo o: do. Assim, errado é dizer e escrever “é hora do governo agir” e “é tempo do governador do Distrito federal ficar na prisão”. Fique bem claro isto: errado na língua gramatical tradicional, no nível culto ou padrão da linguagem clássica, cuja língua e cujo nível permanecem vigiados e controlados pelos gramáticos tradicionais e pelos escritores clássicos.
Esse assunto da preposição “de” em contração ou não vale não só para os artigos, mas também para os pronomes e advérbios iniciados por vogal. Um exemplo correto com o uso de pronome pessoal reto iniciado por vogal: “a fim de ele compreender”. Um exemplo correto com o uso de advérbio iniciado por vogal: “e por causa de aqui estar”.
Tais exemplos, uma vez contraídos em preposição, pronome e advérbio, ficam errados. Errados se ditos ou escritos deste modo: “a fim dele compreender” e “por causa daqui estar”. O povo não fala e não escreve assim? Claro que assim fala e escreve. O nível da língua usada pelo povo nesses exemplos é vulgar. E vulgar é antônimo de culto. Não sendo nível culto, padrão, não é gramatical, portanto não é correto. Aqui ó! Mas…
Muitos nomes bíblicos terminam com as consoantes “b, c, d”. Nesses nomes de tradição bíblica, escritos com essas consoantes finais, como é que fica a pronúncia?  Ora, fica com essas consoantes, ou com a retirada dessas consoantes, ou acrescida de outras consoantes e vogais. Assim, tanto se poderá pronunciar Jacob ou Jacó, Isaac ou Isaque, Nazareth ou Nazaré. Há nomes bíblicos, porém, que devem ser escritos e pronunciados no original para não caírem no cacófato [pronúncia chula]. Um exemplo é Isaac. Fica-lhe bem o dígrafo “que”: Isaque. E fica mal sem a consoante “c”: Isaá.

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