“Au, au, au”, Edmundo é animal!

O ex-jogador de futebol Edmundo foi preso na madrugada da última quinta-feira em São Paulo. Em 1999, ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão...

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O ex-jogador de futebol Edmundo foi preso na madrugada da última quinta-feira em São Paulo. Em 1999, ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena é relativa a um acidente de trânsito em que o ex-craque se envolveu em 1995 – três pessoas morreram após a Cherokee de Edmundo chocar-se a 120 quilômetros por hora contra um Uno.
Em vigor desde 1998, o Código de Trânsito Brasileiro pode ter começado a funcionar para valer. Ídolo do Vasco da Gama e um dos melhores jogadores de futebol do país, Edmundo Alves de Souza Neto foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto por ter provocado um acidente em dezembro de 1995 em que três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.
A impunidade, campeã absoluta em várias modalidades de disputas judiciais no país, perdeu de goleada. Independentemente de estar solto ou não, Edmundo já é um condenado por sentença judicial. Tudo o que se discutirá daqui para a frente é o tipo e a intensidade da pena que terá de cumprir. Em todo o mundo, motoristas que bebem ou dirigem perigosamente se envolvem em acidentes fatais, para si e para terceiros.
Mas, com base em dados que se conhecem, o Brasil destaca-se como um caso patológico. Uma pessoa morre por ano em um acidente para cada 900 carros que circulam nas ruas e nas estradas brasileiras. Os dados dos prontuários dos hospitais públicos falam em 30.000 mortes por ano, e há muitos especialistas que consideram o número de 50.000 mais próximo da realidade. Entre jovens de classe média das grandes cidades os acidentes de carro são, de longe, os maiores matadores. Por que isso acontece? De acordo com especialistas, o motivo é a explosiva combinação de álcool com a certeza da impunidade.
Resta saber se Edmundo, tendo o ensino fundamental incompleto, vai ser, realmente, preso, como qualquer criminoso, ou se a fama irá salvá-lo. O que tu achas, tchê?

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