A 12ª Coordenadoria Regional de Saúde de Santo Ângelo, preocupada com a qualificação do acompanhamento ao paciente portador de câncer, realizou, no último dia 24, uma reunião de capacitação com os 25 municípios que integram seu território de abrangência. Sob coordenação da responsável técnica pelo serviço de regulação oncológica da 12ªCRS, Enfermeira Marcia Lopes, cerca de 50 profissionais das secretarias municipais de saúde tiveram a oportunidade de discutir a Política Nacional de Atenção Oncológica no SUS. A iniciativa contou também com o apoio do Hospital Santo Ângelo, através da participação da Enfermeira, especialista em oncologia, Kelly Meller, que também abordou a importância do cuidado integral ao paciente oncológico. “É necessário programar esta Política a partir do município de origem do paciente, pois é lá que ele deve ser encaminhado e acompanhado. Cada instancia de governo tem a sua parcela de responsabilidade com as ações previstas. Apesar de o tratamento exigir intervenções especializadas de alta complexidade, muitas vezes realizadas nos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) ou mesmo nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou em serviços isolados, as equipes que integram a Atenção Básica dos municípios devem estar preparadas para receber e ministrar os cuidados necessários a estes pacientes”, disse Kelly.
Este 1º encontro buscou identificar profissionais que servirão como referencia municipal à Política Oncológica, com vistas ao fortalecimento de uma verdadeira “Rede de Cuidados”, para que se possa multiplicar conhecimentos e definir processos de trabalho com reconhecimento de competências e responsabilidades nos três níveis de gestão do SUS (União, Estado e Municípios). A Política de Atenção Oncológica foi instituída pela Portaria 2439 de 8/12/2005 e a definição das diretrizes para unidade de tratamento esta regulamentada na Portaria 741 de 19/12/2005. No RS a rede de assistência esta constituída por cerca de 26 serviços. Na região da 12ª CRS a referencia é o CACON de Ijuí, UNACONs de Uruguaiana e Santa Rosa, sendo que o acesso aos mesmos é regulado pelas Secretarias Municipais e Estadual de Saúde. “O cidadão tem todo o direito de recorrer ao SUS para o tratamento oncológico, porém deverá respeitar o fluxo de encaminhamento para este serviço, que é de competência das Secretarias de Saúde. Primeiramente deve-se buscar atendimento na rede básica de seu município, pois o profissional de saúde saberá como proceder seu encaminhamento. Em caso de haver dúvidas poderão ser contatados os profissionais de referencia da Política de Atenção Oncológica existente em todos os 25 municípios da 12ª CRS”, finalizou Marcia.
Além do trabalho a partir dos municípios e da constituição de referências municipais, também foi constituída uma equipe matricial macrorregional composta pelos profissionais responsáveis pela Regulação Estadual da macrorregião Missioneira, juntamente com as equipes dos serviços de Alta Complexidade em Oncologia. Reuniões estão acontecendo para levantamento diagnóstico e busca de estratégias para fortalecer a Política.
