URI: Elo entre o mundo das ideias e a prática

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“Ética, Ciência e Cidadania no fazer-se Universidade” é o tema que reuniu professores e acadêmicos das seis unidades da URI em Santo Ângelo, na última quinta-feira, dia 22 para o XXI Seminário de Iniciação Científica. Em paralelo, são realizados o XIII Seminário de Extensão, o XIX Seminário de Integração em Pesquisa e Pós-graduação e o III Colóquio Tecnológico.

 

Com 700 inscritos, o Seminário teve abertura às 9h, no auditório do prédio 13, onde antes da cerimônia, os presentes aplaudiram performances artísticas de João Pedro Marasca, aluno da Escola da URI Santo Ângelo, na gaita, e da Cia Burzum de arte circense.

Ao dar as boas-vindas aos presentes, o Diretor-Geral Gilberto Pacheco destacou os objetivos do evento, a conquista do Parque Tecnológico e da Incubadora URINova”. Citando discurso de Steve Jobs aos seus paraninfados em 2005, Pacheco instigou os acadêmicos a continuarem “com fome e bobos”, metáforas que remetem à fome de conhecimento e realização e à singeleza de espírito que faz o indivíduo se encantar com o novo e a descoberta.

O Pró-Reitor Giovani agradeceu a presença dos participantes e disse que os projetos apresentados durante o evento contribuem para o engrandecimento da Ciência e pediu para que a comunidade acadêmica continue firmes na missão em torno da busca do conhecimento e inovação.

Em sua manifestação, o Reitor Luiz Mario Spinelli disse que “o momento é decisivo para a URI reiterar o compromisso com o conhecimento”. O reitor referindo-se às dificuldades enfrentadas no país, Spinelli disse ter a intuição de que “este momento vai abrir um espaço muito importante para as universidades comunitárias. Quem estiver solidamente constituído e comprometido com a sociedade, sem dúvida conseguirá superar. Parabéns a todos que consolidam o compromisso da URI com as regiões onde está inserida.”

O palestrante Renato de Oliveira começou dizendo que sempre se encantou com o projeto de Universidade da URI, “porque entre os ícones que as comunitárias criaram, a URI é a que mais dá sentido ao aspecto comunitária, descentralizada e com o propósito de integrar a Região”. Ele concorda que vivemos uma crise, “mas neste período em que todo o País realiza a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o Rio Grande do Sul é o estado que tem mais atividades nesta área, cinco mil. Isso mostra como lidamos com a crise”.

Renato de Oliveira encerrou sua palestra dizendo que as universidades comunitárias têm duas virtudes: “Não são estatais e estão diretamente comprometidas com suas regiões. Elas estão muito aptas a fazer o elo entre o mundo das ideias e o da prática. Neste sentido, considero que o Comung (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas) é um patrimônio do Rio Grande, como perspectiva de desenvolvimento”.

Renato de Oliveira tem graduação em Ciências Sociais pela UFRGS e doutorado em Sociologia na França. Atualmente é professor colaborador do Centro Universitário Univates e assessor do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino superior, autonomia universitária, universidade brasileira, desenvolvimento regional e universidade e sociedade.

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