O comércio de mudas de temperos, ervas de cheiro, hortaliças e legumes cresce no município. Não são só os moradores da zona rural, os urbanos também reconhecem nesta modalidade de cultivo um saudável modo de aumentar o consumo de vegetais e até mesmo uma terapia ocupacional.
O baixo custo dos legumes e verduras no supermercado não incentivava a população a plantar em casa e muitos abandonaram o hábito de possuir uma horta em casa. No entanto, nos últimos dois anos o hábito de cultivar plantas para consumo começou a ganhar força. Até mesmo quem não possui muito espaço no quintal, se utiliza de vasos e floreiras para ter o privilégio de colher produtos livres de produtos químicos.
Maikel Hunger é proprietário de uma agropecuária em Santo Ângelo e confirma o caso. Ele disse que no início do inverno e nesta época chega a encomendar 20 mil mudas semanalmente. Nesta semana está comercializando, principalmente, mudas de tomate, pimentão, melancia, melão, abobora, repolho e beterraba. Mas também diz que as mudas de temperos como a salsa, cebolinha, manjericão, entre outras, também tem grande procura. As mudas vem da cidade de Giruá e também de Santo Ângelo.
Na tarde de ontem, Nelci Rossini, 52 anos, procurava mudas de tomate gaúcho. Ele conta que planta de tudo um pouco (couve, espinafre, chuchu, cebolas, temperos diversos, alface, rúcula, pimentão, etc). Rossini disse que não tem preço consumir um legume colhido na hora. Mesmo sendo mais caro o cultivo de hortaliças em casa, ele prefere aproveitar o espaço que possui para plantar suas verduras. Conta que a prática exige cuidados e um pouco de sabedoria, adubação correta, irrigação e espaço ensolarado. “Bastam duas mudas de pimentão que a gente não vence colher tudo”, acrescenta Rossini, que dá a dica de usar cinza para espantar os insetos e água de fumo em corda para os pulgões.