“Sepé Tiaraju – Romance dos Sete Povos das Missões”

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O escritor Alcy Cheuiche e o fotógrafo Leonid Streliaev percorreram juntos as ruínas missioneiras. O resultado é a edição bilíngue (português / alemão), com capa dura e miolo inteiramente em cores, do livro Sepé Tiaraju – Romance dos Sete Povos das Missões (AGE Editora, 2015, 295 páginas), comemorativa aos 190 anos da imigração alemã no Brasil e 40 anos após o lançamento da 1ª edição do romance no Brasil (1975). O lançamento da obra será amanhã, dia 11, no Tenondé Park Hotel às 18h em São Miguel das Missões.

 

Sepé Tiaraju – Romance dos Sete Povos das Missões narra a história do lendário índio guarani Sepé Tiaraju (hoje reconhecido como Panteão da Pátria Brasileira), líder da resistência indígena ao Tratado de Madrid (1750) nos Sete Povos das Missões, região oeste do Rio Grande do Sul. A República Guarani revive no romance deste livro, que narra toda a epopeia de um povo indígena convertido para o Cristianismo, pacífico e próspero, condenado à destruição e a morrer como povo livre, porque sua existência, inofensiva e feliz, representava a condenação viva e irrefutável de todo o sistema colonial da época.

A obra recupera um dos maiores exemplos de colonização justa, cooperativa e cristã da história da humanidade, ocorrido há dois séculos e meio – os Sete Povos das Missões – e, acima de tudo, representa um compromisso radicalmente ético com todos os deserdados da terra. “A REPÚBLICA GUARANI, experiência única de uma verdadeira sociedade cristã, feita pelos jesuítas durante 150 anos na América do Sul, foi qualificada pelo filósofo Voltaire como um verdadeiro triunfo da Humanidade”, comenta Cheuiche.

Traduzido anteriormente para o espanhol e para o alemão, o livro já foi editado em quadrinhos e em braile. O escritor explica a escolha do segundo idioma: “Esta edição bilíngue (…) é dedicada às primeiras famílias da Alemanha que, no longínquo ano de 1824, atravessaram o mar oceano para construir uma nova pátria. Quase duzentos anos depois, no grande caldeamento de etnias que forma o Brasil, é como se os primitivos habitantes guaranis os recebessem no palco dos seus maiores triunfos e de sua grande tragédia. Desta vez revelando os tesouros da cultura e da agricultura que amealharam durante o século anterior à chegada dos alemães, base de todo o progresso material e humano destas plagas brasileiras do Sul.”

 

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