Primeira reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí em 2015

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí realizou a primeira reunião do ano na última quinta-feira, dia 26. O conselho agrega 36 municípios e 42 entidades da...

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O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí realizou a primeira reunião do ano na última quinta-feira, dia 26. O conselho agrega 36 municípios e 42 entidades da área industrial, governo, ONGS, serviços públicos, produtores de energia, universidades, sindicatos e população. Na AABB em Santo Ângelo a pauta de discussões foi em torno da prestação de contas, de temas como o uso de agrotóxicos na região; as bandeiras tarifárias de energia elétrica; produção de energia alternativa; o calendário de atividades das próximas reuniões; socializadas de informações sobre ações do Ministério Público que visam a aplicação de TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, ao que se refere a recuperação e preservação da bacia, entre outras pautas levantadas pelos conselheiros.

A próxima reunião do comitê será realizada no dia 16 maio na cidade de Ijuí. Embora as contas do ano anterior tenham sido aprovadas, ainda não há previsão de liberação dos valores referentes a gestão anual do comitê, que recebe verba pública no valor de R$ 100 mil.

 

Plano de metas

Quais são as fontes poluidoras do Rio Ijuí? Em que pontos se localizam as ameaças ambientais? Que tipo de poluição causa danos ao rio e seus afluentes? Qual é a solução para os problemas identificados? Questões que devem nortear os trabalhos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí no ano de 2015.

Período em que um corpo técnico deve traçar um diagnóstico ambiental do Rio Ijuí. Os técnicos devem identificar que tipo de poluição está incidindo sobre a bacia, onde se localizam as fontes poluidoras e apontar as possíveis soluções para o conflito ambiental.

 

Uso excedente de agrotóxicos

O presidente da Bacia hidrográfica do Rio Ijuí, Luis Augusto de Almeida Persigo, informou que existem estudos que apontam para um elevado consumo de defensivos agrícolas na região, inclusive produtos proibidos, sendo que os níveis de uso de agrotóxicos estão cinco vezes mais altos que o considerado aceitável.

A questão será tema de uma audiência pública que acontecerá no dia 9 de abril no Salão de Atos da UNIJUI. Trata-se da primeira audiência do FGCIA – Fórum Gaúcho de Combate ao Impacto dos Agrotóxicos em 2015. O objetivo do evento é coletar informações, debater e propor encaminhamentos a respeito dos impactos do uso de agrotóxicos na saúde e meio ambiente.

A audiência é aberta ao público interessado e independe de inscrição prévia, inicia com a palestra de Karen Friedrich, da Fundação Oswaldo Cruz, e acontece das 13h30 às 18h. O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) é uma das entidades componentes do FGCIA. Sua coordenação é realizada pelo procurador do Trabalho Noedi Rodrigues da Silva.

 

Ações do Ministério Público

Persigo relata que ações do Ministério Público estão em andamento e prevêem a recuperação de áreas de preservação da bacia. Nestas ações o Ministério Público está trabalhando e identificando as áreas onde correm problemas ambientais, posteriormente irá emitir Termos de Ajustamento de Conduta, inclusive já pediu informações sobre determinadas áreas ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí.

 

Fontes de Energia Alternativas

Os conselheiros ligados as produtoras de energia (Creluz, Fockink, Hidroplan, UHE Passo São João) socializaram informações a cerca das tarifas de energia o desenvolvimento estratégico no setor.

O aumento do consumo de energia no país, aliado a crise hídrica formou um contexto que encareceu a tarifa em todo o país, política que prejudica regiões produtoras de energia elétrica. Os consumidores da região pagam a bandeira vermelha, mesmo não contribuindo com o déficit de energia, diante do contexto nacional, as empresas produtoras já estão investindo em energias alternativas como eólica e solar.

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