No município se produz peixe de cativeiro, uma das espécies mais bem adaptadas ao sistema local de produção é a carpa. Elas se dividem em: Hungara, Cabeça Grande, Prateada e Capim. Os Produtores da Apropesa – Associação dos Produtores de Peixe de Santo Ângelo engordam as carpas para vendê-las principalmente na Semana Santa e contam com a feira organizada em conjunto com a administração municipal para comercializar a safra.
Mas, além das espécies de carpas, os consumidores procuram os peixes de rio e também de água salgada.
Piava e Grumatã são fornecidos por pescadores do Rio Uruguai; Traíra vem de Jaguarão, Salmão do Chile, Files de Anjo, Merlusa e Congri da Argentina, o Bacalhau consumido em Santo Ângelo, boa parte é Norueguês e o camarão vem de Rio Grande, Santa Catarina e de Fortaleza. Embora o município tenha boa disponibilidade hídrica para produzir peixe e uma lei municipal de incentivo para este fim, faltam produtores interessados e meios técnicos para garantir a venda regular durante todo o ano. A cultura do consumo, venda e produção ainda não alcançaram organização suficiente, como consequência, o foco produtivo está em outras culturas com sistema de produção e recepção mais estabelecidos.
O Peixe é um produto perecível que necessita de técnicas apuradas de corte, embalagem e armazenamento. Por este motivo, os produtores secam o açude, coletam as carpas e para que o peixe possa ser comercializado dentro de normas sanitárias, contam com a colaboração de uma indústria local, a Carlinhos Ind. Com. de Pescados, que atua a mais de 20 anos no mercado processando e distribuindo peixe para todo o estado do Rio Grande do Sul. A indústria conta com técnicos e maquinário adequado para a limpeza, esterilização e congelamento instantâneo do pescado.
Carlos Kruber, sócio proprietário da empresa, afirma que o consumo local vem crescendo, mas ainda é considerado tímido. Ele explica que o ideal é consumir o peixe pelo menos uma vez por semana. A Peixaria do Carlinhos é fornecedora de peixe para praticamente todas as redes de supermercados do Estado.
Portanto, a indústria local também fornece peixe para os supermercados da cidade. A peixaria do Carlinhos conta com a colaboração de mais de 380 pescadores, muitos deles realizam pesca exclusiva para a demanda da indústria. Os peixes comercializados nos supermercados e também na peixaria tem a sua origem de diversas partes, entre elas é possível destacar: Jaguarão, Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Rio Grande, Santa Catarina e Fortaleza no Brasil, além de espécies que vem de outros países, como o Salmão e alguns files que são importados.
A Feira do Peixe que também vende vinho
A Feira do Peixe de Santo Ângelo, neste ano é realizada na Av. Venâncio Aires junto ao Pavilhão de Hortifrutigranjeiros, onde semanalmente são organizadas as feiras dos produtores rurais, estará aberta até o sábado a noite com venda de peixe in natura e também o peixe frito.
Uma tradição de sucesso durante a feira é a comercialização de vinhos. Valdir Colovini planta a uva e produz vinhos e sucos. Durante a feira pretende vender mais de 1,5 mil litros do produto, ele conta que já chegou a vender até 3 mil vinho em feiras anteriores. É difícil quem não leva um litro” afirmou Colovini que na manhã de segunda feira descarregava o produto na feira.
Tradicionalmente a feira do peixe no município é realizada na Praça Ricardo Leônidas Ribas. Neste ano para redução de custos toda a estrutura de comercialização foi deslocada para o Pavilhão dos Hortifrutigranjeiros. Embora o local tenha passado por uma reforma e o projeto tenha previsto a entrada bifásica a ligação estava em apenas uma das fases.
Na manhã de segunda-feira, dia 30, o departamento de engenharia e eletricistas da Prefeitura realizavam adequações na entrada de energia elétrica para atender a demanda do local, e consequentemente, se adequar aos requisitos de segurança exigidos pelos bombeiros.