Estamos neste ano comemorando 100 anos da presença da sétima arte em nossa cidade. Foi no distante inverno de 1911 quando, pela primeira vez, uma companhia de cinema ambulante, os “passadores de vistas” estiveram na então Vila de Santo Ângelo com uma programação de filmes mudos. “Aquilo era um acontecimento excepcional, as fotografias ganhavam vida, mobilidade e ação. Apenas 16 anos após a memorável data de 28 de dezembro de 1895, quando na França, em Paris, os irmãos Lumiér passaram pela primeira vez, em sessão pública, seus filmes”, relata Paulo Prado.
Neste contexto, o Movimento Pró-Memória de Santo Ângelo, em parceria com a 14ª Coordenadoria Regional de Educação, lançam durante a 15ª Fenamilho, no próximo mês, uma amostra do cinema de Santo Ângelo. “São amostras de filmes antigos, equipamentos de transmissão e uma programação cultural imperdível, com lançamento de livro sobre o cinema santo-angelense e cedendo o espaço para escritores regionais lançarem suas obras sobre as Missões, neste local”, diz Prado.
Na manhã de ontem, o diretor do Jornal e Revista O Mensageiro, empresário Arlindo Diel, recepcionou a presidente do Movimento Pró-Memória, Maria Izabel Cattani, o escritor Paulo Prado e as representantes da 14ª CRE, Tânia Miron Chiogna e Maria Lucia Mousquer.
Segundo Maria Izabel Cattani, durante a 15ª Fenamilho acontece um pré-lançamento desta Mostra sobre o Cinema, eis que o lançamento oficial ocorre no mês de julho, em um espaço cultural onde todos poderão realizar oficinas com a Cia Burzum, lançamentos de livros, exibição de filmes e, inclusive, a exibição do primeiro curta-metragem produzido na Capital das Missões, trata-se do filme “A Princesa Assíria e os Absintos”. O que era, originalmente, um projeto familiar, se tornou um longa com duração de 90 minutos, com muita aventura e praticamente apenas crianças atuando. A produção é de Paulo Prado. “Achei uma forma de brincar. É uma verdadeira curtição! Estou vivendo com eles a mesma fantasia”, disse.
