Acordo põe fim a paralisação dos motoristas em Santo Ângelo

Ônibus que fazem o transporte coletivo urbano voltam a circular na cidade depois de três dias parados. O Ministério Público do Trabalho mediou um acordo entre a representação...

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A greve dos motoristas do transporte coletivo urbano chegou ao fim na última sexta-feira, dia 16, depois de um acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários de Santo Ângelo e a direção da Viação Tiaraju.

A reunião ocorrida na manhã de sexta-feira foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho e na tarde de ontem, em frente ao portão da concessionária, os motoristas realizaram uma assembleia coletiva e aceitaram a proposta assinada no acordo. Deste modo, a greve chegou ao fim e o transporte coletivo urbano foi normalizado em Santo Ângelo.

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CONHEÇA O CONTEXTO DA PARALISAÇÃO

A greve que deixou a população por três dias sem ônibus teve como causa um contexto desfavorável que ocasionou em perdas na folha de pagamento dos motoristas.

Entre as variáveis está a diminuição histórica do uso do transporte público no município, a redução da frota veicular devido às medidas de afastamento social, a falta de acordo entre sindicato e direção da empresa, mas principalmente, porque os motoristas sofreram cortes no vale alimentação, quinquênios/anuênios e premio por pontualidade.

No acordo firmado na última sexta-feira, a direção da Viação Tiaraju aceitou reajustar o salário da categoria em 2,5%, manter o vale alimentação e o adicional noturno, benefícios que estavam cortados da folha dos motoristas. Por outro lado, os motoristas aceitaram suspender, até o dissídio coletivo do próximo ano, o pagamento do quinquênio e prêmio pontualidade.

A greve começou porque no ponto de vista dos motoristas, a Viação Tiaraju não foi justa com a categoria. Eles alegam que a empresa reduziu gastos com diesel ao diminuir a frota de ônibus disponíveis para a população, participa de programas do Governo Federal que pagam parte dos salários dos empregados e, além disso, na visão dos grevistas, os ônibus em operação no município apresentam lotação suficiente para obtenção de lucro, com cerca de 3500 passageiros por dia na leitura da catraca.

 

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