Líbia: Para o santo-angelense Giancarlo, país é palco de genocídio

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Ao desembarcar dias atrás em Trípoli, capital da Líbia, o gaúcho Giancarlo Almeida, 33 anos, não percebeu que o clima estava diferente no país árabe em que trabalha e vive. Após 30 dias de férias em que aproveitou para rever a família e os amigos em Santo Ângelo, nas Missões, alheio aos últimos acontecimentos, o engenheiro mecânico ouviu boatos de que a população havia se revoltado contra o sistema político do país.
Tão logo descobriu que a situação era pior do que imaginava, retornou ao Brasil com colegas de trabalho.
– O que está acontecendo na Líbia é inacreditável. Trabalhei durante três anos na cidade de Trípoli. É um genocídio que o povo líbio está vivendo – lamenta o santo-angelense.
Funcionário da construtora Odebrecht, Almeida trabalhava nas obras do Aeroporto Internacional de Trípoli. Segundo ele, a população se motivou com a derrota dos presidentes da Tunísia e do Egito e iniciou protestos contra o líder Muamar Kadafi, que dita as regras no país desde 1969.
– Assim como os brasileiros, os líbios só querem ter liberdade, poder ir e vir, escutar música e namorar – diz o gaúcho, que, de volta ao Rio Grande do Sul, ao lado da filha, não sabe quando retornará para a Líbia.
O santo-angelense Giancarlo Almeida foi aluno do Colégio Estadual Missões.

 

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