Encurtando distâncias, aproximando rincões

A travessia do Rio Ijuí pela “Barca dos Gabriel” está acessível a uma distância de dois quilômetros do Trevo da Fenamilho. usar o transporte hidroviário naquele lugar encurta...

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A sete minutos do Trevo da Fenamilho o Rio Ijuí faz uma sinuosa curva, forma peculiar paisagem natural e divide dois Rincões: dos Gabriel e dos Peirotes, o primeiro em Santo Ângelo e o segundo em Entre-Ijuís. Os rincões e as cidades são unidas pela “Barca dos Gabriel”. Na barca encontramos o aquaviário Valtenir do Carmo, barqueiro que há 22 anos encurta a distância de mais de uma dezena de pessoas diariamente. Freio de mão puxado, motor desligado, marcha engrenada, se o veículo não passa de 8 toneladas já pode realizar a travessia na Barca dos Gabriel e economizar 14 quilômetros.
O serviço está a sete minutos do trevo da Fenamilho, ou seja, a dois quilômetros de distância na localidade de Rincão dos Gabriel. Sete moradores usam este caminho todos os dias para chegar ao trabalho ou estudo, além disso, há a movimentação de pessoas que usam o comércio e os serviços oferecidos em Santo Ângelo. Aos finais de semana, em condições de clima normal, a quantidade de pessoas praticamente triplica.
Este trabalho é regulamentado pela Marinha do Brasil. No final de 2016, há cerca de dois meses, Valtenir esteve em Uruguaiana, renovando o documento de Habilitação, identificação e registro naquela entidade, só assim pode operar o equipamento. A barca é mantida pela Prefeitura de Santo Ângelo e no ano de 2017 o cabo de aço que compõe o sistema, foi substituído. Valtenir tem a concessão para explorar o serviço e estima que a travessia naquele local seja realizada há cerca de 60 anos.

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A Barca é composta por uma esteira de madeira em cima de dois flutuantes, cada um deles semelhantes a um barco simples. Naquele local o Rio Ijuí tem aproximadamente seis metros de “fundura”, de uma margem a outra, é fixado um cabo de aço que serve para guiar e manter a embarcação no curso desejado.
A barca é presa ao cabo com um sistema de rolamentos e polias. O sistema não usa motor para realizar a travessia, a barca se desloca com o empuxo feito pelo barqueiro ao segurar o cabo de aço e puxa-lo com o auxílio de uma alavanca produzida artesanalmente. Trata-se de uma alavanca de madeira com uma cavidade em forma de garfo, que permite a mudança contínua de patamar e exercer a força ao ser puxada.
O caminho mais curto entre os rincões pode ser feito pela manhã das 7h30min até às 11h30min e à tarde das 13h30min até às 17h30min. A secretaria dos transportes de Santo Ângelo mantem a estrutura do equipamento que é vistoriado e regulamentado pela Marinha do Brasil.

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